De acordo com a Organização Mundial da Saúde a OMS, o Estresse atinge 90% da população mundial, 70% dos brasileiros sofrem com esse mal e 30% chegam aos estágios mais elevados. Os sintomas do Estresse são bem discretos, com o dia a dia cada vez mais atribulado, na maioria das vezes, eles passam desapercebidos. A vida moderna é cheia de dificuldades, prazos, frustrações e exigências. Para muitas pessoas o estresse é tão comum que se tornou, quase, um modo de vida. E em tempos de pandemia, os quadros de estresse tendem a se tornar ainda mais comuns, por isso, saber se ele está acima do aceitável (ou não) é fundamental.
O que é:
Reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas.
Para se adaptar à nova situação, o corpo desencadeia reações que ativam a produção de hormônios, entre eles a adrenalina. Isso deixa o indivíduo em “estado de alerta” e em condições de reagir. Em instantes, esses harmônios se espalham por todas as células do corpo, provocando aceleração da respiração e dos batimentos cardíacos, dentre outros sintomas, denominados “reação de luta ou fuga”. Estas reações fazem nosso corpo produzir excesso de dois hormônios, Adrenalina e Cortisol.
O que poucos sabem é que o corpo reage de várias maneiras ao estresse. A longo prazo, ele pode gerar sintomas como dificuldade de concentração, problemas de memória, ansiedade, mau humor, depressão e distúrbio alimentares. O estresse pode trazer consequências para a vida, comprometendo o funcionamento do corpo.
CAUSAS
São diversos os motivos. As causas mais comuns são:
- Tensão no trabalho;
- Acúmulo de funções no dia a dia;
- Luto;
- Mudanças;
- Violência;
- Evento traumático como um assalto ou acidente;
- Preocupação excessiva com os filhos;
- Medo da morte, da separação, de uma traição ou de uma falência;
- Desenvolvimento de transtornos mentais como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno por estresse pós-traumático (TEPT), Síndrome do Pânico e Depressão;
- Uso de medicamentos, como os de asma, dietéticos e de tireoide.
- Consumo de álcool, drogas e excesso de cafeína.
SINTOMAS
O estresse, apesar de não ser o causador de problemas graves, pode desencadear alguns, pois quando a redução do sistema imunológico afeta um indivíduo mais vulnerável, sintomas podem surgir, como:
- Sensação de desgaste constante;
- Alteração de sono (dormir muito ou pouco);
- Tensão muscular;
- Formigamento;
- Mudança de apetite;
- Alterações de humor;
- Falta de interesse pelas coisas;
- Problemas de concentração, atenção e memória;
- Julgamento fraco;
- Pensamentos acelerados;
- Preocupações excessivas e constantes;
- Dores;
- Constipação ou diarreia;
- Náuseas e tonturas;
- Dor no peito;
- Perda de libido;
- Procrastinação;
- Consumir álcool, cigarros ou drogas para relaxar;
- Hábitos “nervosos”, como roer as unhas.
O estresse também pode desencadear algumas doenças, como:
- Problemas de pele;
- Problemas cardíacos;
- Problemas gastrointestinais;
- Hipertensão;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Resfriados frequentes;
- Alergias;
- Asma;
- Enxaqueca;
- Queda anormal de cabelo;
- Infecções;
- Úlcera;
- Infarte;
- Derrame;
- Vitiligo;
- Psoríase;
- Herpes;
- Crises de pânico.
O diagnóstico é realizado por médicos ou psicólogos por investigação do estado emocional do paciente através de perguntas de sintomas e da rotina do paciente. É importante que ao apresentar qualquer sintoma relacionado acima o paciente procure orientação de um profissional de saúde, pois em muitos casos os indivíduos procuram em fases tardias onde o mesmo já apresenta complicações da doença.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Essa abordagem requer identificar os agentes estressores que mais pesam sobre o paciente, para que, então, seja possível eliminar, administrar ou deixar para depois, respeitando os limites de cada indivíduo.
É necessário manter nosso organismo saudável e em maiores condições de enfrentar os desafios. Para isso é necessário:
- Dormir bem;
- Cuidar da saúde;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Fazer atividades físicas;
- Permitir-se ter momentos de prazer e relaxamento;
- Evitar estimulantes e substâncias tóxicas.
Alguns
fatores que podem ajudar a evitar o estresse são:
- Alimentar-se de forma balanceada;
- Praticar atividades físicas;
- Mudar a maneira que nos posicionamos no dia a dia (uma postura melhor);
- Procurar rir mais;
- Fazer sexo;
- Dormir melhor;
- Respirar direito;
- Auto incentivar-se;
- Usar menos o celular;
- Aprender novas maneiras de aproveitar seu tempo;
- Cuidar de si mesmo;
- Mudar algumas formas de pensar;
- Falar sobre suas necessidades e preocupações;
- Pedir ajuda.
Elaborado pela colaboradora, Jocélia de Oliveira Silva CRF- 16551